Vivemos o tempo na escola, no trabalho, na rua, no trânsito. Vivemos esse tempo o dia todo, e queremos que tudo acabe logo. Queremos tanto e que tudo acabe rápido que queremos até que o dia acabe. Não damos o devido tempo às coisas, não vivemos intensamente o tempo com todos os seus detalhes e situações. O que torna tudo mais banal, já que buscamos detalhes em tudo, seja para nos apegar ou para nos afastar.
Buscamos detalhes para juntar as “peças do quebra-cabeça” do dia a dia, fazer jus aos nossos objetivos da vida, mas acabamos não fazendo o mesmo com o tempo nosso, que é o mais volátil de tudo.
Acontece que as coisas intensas da vida passam muito rápido, pois quando as estamos vivendo, curtimos o momento, porém sempre pensando no futuro. E quando digo intenso, quero dizer as coisas que fazemos de corpo e alma. Um casal apaixonado curtindo loucamente seu relacionamento e seus dias um com o outro, porém, ao mesmo tempo com planos em casar-se. Em uma roda de conversa entre crianças tem sempre muita brincadeira, claro, porém sempre muitos pensamentos distantes… “Quando eu crescer quero ser jogador de futebol; queria dirigir, ter minha moto, meu carro; queria poder sair e ir aonde eu quisesse sem precisar avisar ninguém!”.
Sempre imaginamos o futuro, mas futuro é incerto, uma estrada longa. Ao contrário do tempo, o tempo é prazo, é agora.